A Marcha sobre Roma, liderada em 1922 por Benito Mussolini, marca a vitória do Partido Nacional Fascista (PNF) e o fim da democracia liberal na Itália. Sob uma chuva torrencial, milhares de simpatizantes do regime autoritário saíram de Nápoles e ocuparam a capital, para reivindicar o poder no reino. O primeiro ministro italiano demitiu-se e, sem oferecer resistência, o rei Vitor Manuel III convidou Mussolini para formar um novo governo. Três dias depois da marcha, Mussolini começou a compor seu ministério, com poderes absolutos.
O movimento foi a semente do primeiro Estado fascista no continente europeu. O líder do golpe só partiu de Milão com destino a Roma um dia depois do fim da marcha. Mussolini chegou de trem confortavelmente descansado, mas alardeava em sues discursos que havia participado de uma batalha sangrenta com três mil mortos. O conflito a que ele se referia jamais existiu, já que a ocupação de Roma foi pacífica. A marcha inspirou Adolf Hitler, que tentou organizar uma ação similar de Munique a Berlim.
Foto de Mussolini no registro da sua prisão, em 1903
A ditadura fascista foi violenta. Eliminava os opositores e pregava que as ações do governo visavam a melhoria de vida de todas as classes sociais. Para instigar o terror e combater os socialistas, seus maiores adversários, Mussolini usava suas milícias conhecidas como Camisas Negras. O Duce (Condutor, em italiano) governou a Itália até 1943 e morreu fuzilado em 28 de abril de 1945 por guerrilheiros da Resistência Italiana.

Olha só, que legal: “Eliminava os opositores e pregava que as ações do governo visavam a melhoria de vida de todas as classes sociais.”
Onde vocês ouvem esse discurso nos dias atuais? Quem invade territórios e depões chefes de Estado?
Abaixo, vídeo com discurso de Mussolini, legendado em Português

Artigo originalmente publicado no blog Hoje na História. Reprodução autorizada pela parceria firmada entre o Histórica e o CPDoc do Jornal do Brasil. A seção “Opinião Histórica” é a opinião do editor do artigo sobre a matéria e não faz parte do texto original.