segunda-feira, 18 de março de 2013

Relato da Segunda Guerra – A Batalha Aérea mais Feroz 30 de junho de 2009 Relatos2.907 Visitas2 comentários

Relato da Segunda Guerra – A Batalha Aérea mais Feroz
30 de junho de 2009 Relatos2.907 Visitas2 comentários

 


No dia 14 de outubro de 1943, a aviação estadunidense realizou um bombardeio contra as grandes fábricas de rolamentos de Schweinfurt, no sul da Alemanha. Essa incursão deu margem a um dos encontros mais ferozes da guerra aérea. Transcrevemos o relato dessa ação, publicado na história oficial da aviação dos EUA.


Caças P-47 em Formação

Logo que a escolta de aparelhos P-47 empreendeu o regresso, nas proximidades de Aquisgran (a cerca de 380 km da costa inglesa), aviões da Luftwaffe surgiram em massa e começou a acossar as formações de bombardeiros numa ação que continuaria até chegar ao alvo e se prolongaria até a costa do Canal, no vôo de retorno.

A maior parte das táticas empregadas nesse dia pelos caças alemães já tinham sido utilizadas anteriormente – ataques em formação, uso de foguetes e canhões, bombardeio contra aviões, concentração simultânea num grupo ou em aviões desgarrados – porém, jamais o inimigo fizera um emprego tão completo e coordenado dessas táticas.

O contra-ataque foi tão bem planejado que houve a suspeita de que o controle de caças alemão sabia antecipadamente a hora e os objetivos da ação… Seja como for, o fato é que a Luftwaffe cumpriu uma tarefa sem precedentes pela sua magnitude, inteligência com que foi planejada e severidade com que foi executada.

Os caças atacaram onda após onda. Como de costume, os caças monomotores atacaram pela frente, disparando os seus canhões de 20 mm e metralhadoras até chegar muito perto da formação. Em seguida apareceram nutridas formações de caças bimotores, que disparavam grandes quantidades de foguetes de equipamentos especiais instalados debaixo das asas. Procuravam alvejar as formações de bombardeiros, geralmente, de uma distância de 900 metros, e pela retaguarda – aproveitando a vantagem natural que favorecia a pontaria nos ataques traseiros.

Atuando como caçadores de patos, disparavam contra o avião-guia, sabendo que a dispersão normal causada pelas explosões aumentaria a possibilidade de conseguir atingir. Enquanto isso, os caças monomotores se reabasteciam e convergiam de todas as direções. Logo eram seguidos por grupos de bimotores, já reabastecidos de foguetes. Depois de gastar os seus projéteis, estes últimos recorriam com freqüência aos seus canhões e metralhadoras.


Detalhe próximo da asa de um B-17, no momento em que um caça da Luftwaffe partia após fazer ataque ao bombardeiro

Os aviões inimigos se concentravam numa formação por vez, provocavam a desorganização mediante ataques com foguetes (que, como os projéteis antiaéreos eram mais eficazes para esse propósito que para a destruição imediata), e depois assestavam o golpe de graça nos aparelhos avariados com o emprego do fogo de artilharia.

Uma ala de combate da 1a Divisão de Bombardeio, que suportou o maior peso do contra-ataque, foi varrida quase por completo, mediante essas táticas…

“A missão de 14 de outubro demonstrara que o preço de tão profundas penetrações durante períodos de luz solar, sem dispor de escoltas de caças, era muito elevado para serem levadas a cabo com freqüência. Em termos concretos, custara a 8a Força Aérea, 60 aparelhos B-17 com suas tripulações, sem mencionar os importantes danos sofridos por 17 aviões e as avarias reparáveis em 121″.


Bombardeiro B-17

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