ostov - URSS, 17 de Junho de 1944
Querida Sonja

Chegando no porto de Stalingrado, totalmente destruído e judiado pelas consequências da guerra, onde milhares e milhares de feridos e mortos tingiam o rio de vermelho, fui designado para um setor onde eu receberia as minhas ordens. Entrei numa fila que despertou dentro de mim uma claustrofobia que médico algum jamais conseguiria diagnosticar. Fui sendo empurrado até que meu superior me entregou nada mais do que somente um pente com 5 balas. Não recebi meu rifle, muito menos uma pistola. Somente um pente com 5 balas. Mais uma vez você veio à minha cabeça e seu sorriso mágico fez o que nenhum outro incentivo conseguiu. Graças a ele, cheguei à Praça Vermelha de Stalingrado, sem um ferimento à bala. Estava vivo, graças a você, quem me faz querer estar vivo para poder voltar aos seus braços denovo. Conseguimos chegar à Praça Vermelha e a situação era a seguinte: Eu com meus camaradas de um lado da praça, e os cães nazistas de Hitler do outro lado. Ordens vindas direto da capital Moscow era de recuperar a cidade a todo custo, pois era o caminho mais fácil para o petróleo do cáucaso, então era dar a sua vida para ter esse terreno de volta, porém, por enquanto, era necessário esperar.
Nessa espera, conheci outro soldado raso chamado Yuri, um ex-fazendeiro da cidade de Poltava na Ucrânia. Ele me contou um pouco de sua vida, falou da sua pequena fazenda, do seu pequeno gado, da sua pequena vida simples. Aí eu percebi que era isso que eu queria ter quando acabasse essa guerra desgraçada. Quero deixar tudo que eu tenho aí em São Petersburgo e ir com você e nosso filho para o interior e criar o nosso gado, ter as nossas plantações e viver um vida relaxada, uma vida de refúgio. Enquanto ele falava do seu filho, uma forte explosão ao lado do nosso esconderijo interrompeu o assunto pela metade e tivemos que ir para a luta. Vários tanques nazistas nos esperavam do outro lado, mas não nos deram opção. A política stalinista era: Ou vai para a luta, ou morre. Vi vários companheiros meus fugindo dos nazistas e sendo recebidos pelos próprios soviéticos à bala. Era uma crueldade, mas os desertores precisavam morrer. Preparamos uma emboscada entrando nos prédios ao redor da praça a procura de explosivos eficientes para poder destruir os tranques, pois balas de rifle e metralhadoras não seriam suficientes. Não achamos explosivos, mas conseguimos detectar um rádio o qual usamos para nos comunicar com a central do outro lado do rio Volga e assim requisitar um bombardeio à praça. Feito isso, bombas caíram sobre o céu justamente em cima dos tanques hitleristas e assim conseguirmos retomar a praça. Infelizmente a partir daí, não consegui mais encontrar Yuri.


Após essas palavras, gritos ensurdecedores foram ouvidos por toda Stalingrado e vários trens partiram imediatamente para a cidade que aqui estou, Rostov. Estou deitado em uma cama de hospital, me recuperando de meus ferimentos e escrevendo esta carta para você, como uma forma de tranquilizá-la. Estou voltando para casa e novamente para os seus braços. Vamos poder, finalmente, ter a nossa sonhada lua de mel e poderemos cuidar do nosso filho juntos. Me desculpe por esses anos e anos de ausência, mas eu estava me sacrificando para ajudar o nosso país e assim proteger os nosso cidadãos e inclusive a nossa família. Fui para essa guerra com poucas coisas na cabeça: Você, nosso filho, nossa família e nossa vida inteira juntos. Foram poucas coisas, mas coisas que me mantiveram vivo esse tempo todo.
Estou voltando pra casa!
Com amor
Anatolli Ieloslav
Que estranho, parte desse relato coincide com o que acontece no começo do filme Círculo de Fogo (sobre a história do atirador russo Vassili Zaitsev). Merca coincidência?
ResponderExcluirAmigo, em vários momentos Call of duty retrata acontecimentos reais, outro momento é a casa de pavlov que foi real também.
ExcluirPODE SER Q SIM OU NAO MAS SO SE FOR POR PARTE DO FILME POIS O Q INTERESSA MEU AMIGO E Q ACONTECEU SIM NA SEG GUERRA FOI BOA A TUA COLOCAÇAO PARABENS
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