quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Santos na II Guerra Mundial (1)

Santos na II Guerra Mundial (1)

O Brasil oscilou entre os Aliados e o Eixo. Quando Getúlio Vargas se decidiu, os santistas participaram com seus pracinhas
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A Segunda Guerra Mundial foi traumática para os santistas, que temiam ataques por submarinos alemães ao porto e pela aviação nazista à Usina Henry Borden ou à própria cidade. Japoneses, italianos e alemães tiveram de deixar a região às pressas, pelo receio que colaborassem com seus países de origem, então inimigos do Brasil. E a cidade também compareceu com sua cota de sacrifício humano e material para o esforço de guerra brasileiro, enviando seus pracinhas para o combate nos campos de batalha da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália.
Essas histórias foram citadas pelo pesquisador Fernando Martins Lichti, em suaPoliantéia Santista (editada junto com a História de Santos, de Francisco Martins dos Santos), terceiro volume (Gráfica Prodesan, Santos, 1996):

Navio brasileiro que seria afundado por submarinos alemães
Foto: Gedoc/BM - CD-ROM II Guerra Mundial
(Agência Estado/jornal Estado de Minas, edição Revista Neo Interativa, S.Paulo/SP, 1995)
O Brasil na Segunda Guerra Mundial
Quando Hitler invadiu a Polônia em 3 de abril de 1939, começa um dos capítulos mais importantes da história deste século (N.E.: século XX) - a 2ª Grande Guerra Mundial. A invasão da Polônia foi consumada a 1º de setembro desse ano. Dois dias depois, a Grã-Bretanha e a França declararam guerra à Alemanha.
O Brasil declarou a sua neutralidade no dia 5 de setembro de 1939, confirmando a sua posição na Conferência do Panamá, realizada a 23 de setembro, onde as nações americanas declararam a neutralidade do continente.
Por três anos, no espaço de tempo entre o início da guerra e a entrada do Brasil no conflito - de 1939 a 22 de agosto de 1942, quando o Brasil declarou a guerra às nações do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) -, a neutralidade foi mantida, mas tornou-se impossível depois que cinco navios foram torpedeados em nossas costas, por submarinos alemães.

Navio brasileiro Alcântara, afundado na Baía de Guanabara pelos alemães
Foto: Gedoc/BM - CD-ROM II Guerra Mundial
(Agência Estado/jornal Estado de Minas, edição Revista Neo Interativa, S.Paulo/SP, 1995)
A 31 de agosto de 1942, é declarado o estado de guerra em todo o País, pelo Decreto nº 10.358, do presidente Getúlio Vargas. Nesse mesmo ano são iniciadas as atividades da L.B.A. - Legião Brasileira de Assistência -, coletando metais e outros materiais para a indústria de guerra do Brasil. Foram organizadas as famosas pirâmides, lugares onde se amontoavam as doações do povo, numa extraordinária campanha cívica que mobilizou o país em todas as suas comunidades. A 16 de setembro desse ano, foi decretada a mobilização geral do país.
Até pouco tempo atrás, desconheciam-se os detalhes da ordem de ataque aos nossos navios, agora revelados pelo ex-ministro da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Nelson Freire Lavanere Wanderley. A ofensiva dos submarinos foi decidida numa conferência entre Hitler e o comandante-em-chefe da Esquadra alemã, a 15 de junho de 1942. Dez submarinos - 8 de 500 toneladas e 2 de 700 toneladas - saíram dos portos da França, na época ocupada, para realizar a sua missão nas costas do Brasil.

Partida do primeiro contingente de pracinhas brasileiros para a guerra na Europa
Foto: Gedoc/BM - CD-ROM II Guerra Mundial
(Agência Estado/jornal Estado de Minas, edição Revista Neo Interativa, S.Paulo/SP, 1995)
O primeiro navio a ser torpedeado foi o Baependi, no dia 15 de agosto, a apenas 20 milhas da foz do rio Real, ao Sul de Aracaju, matando 55 tripulantes e 65 passageiros. No dia seguinte, foi afundado o navio Aníbal Benévolo, a 7 milhas de Sergipe, com 67 tripulantes e 83 passageiros mortos, bem como o Arará e oJacira, que foram torpedeados, em seguida, perto da Bahia.
Reagindo à afronta e à revolta da opinião pública, o Brasil declarou guerra à Alemanha, à Itália e ao Japão, a 22 de agosto de 1942, sete dias após o primeiro afundamento.
Pouco depois, o submarino U-199 foi atacado pela FAB - Força Aérea Brasileira -, indo a pique, e, no local, 12 sobreviventes foram recolhidos, comprovando a atuação dos alemães, nos afundamentos dos navios do Brasil.
A declaração de guerra não pegou a Marinha desprevenida, que passou a garantir o tráfego marítimo no Atlântico e o abastecimento aos aliados, mantendo patrulhamento constante da área e guardando os comboios de navios que abasteciam as tropas na Europa, principalmente.

Vargas visita a bordo pracinhas que partem para a guerra
Foto: Gedoc/BM - CD-ROM II Guerra Mundial
(Agência Estado/jornal Estado de Minas, edição Revista Neo Interativa, S.Paulo/SP, 1995)
Organização, embarque e atuação da F.E.B. na Itália
As primeiras normas para a organização da FEB - Força Expedicionária Brasileira - foram traçadas no dia 9 de agosto de 1943, sendo criada, efetivamente, a 23 de novembro do mesmo ano. No dia 28 de dezembro, foi nomeado comandante-em-chefe da FEB o marechal João Batista Mascarenhas de Moraes.
Depois do período de treinamento (este treinamento era dado no Rio de Janeiro), teve início o embarque do 1º Escalão, no dia 28 de junho de 1944, partindo rumo à Itália no navio General Mann, no dia 1º de julho do mesmo ano, chegando a Nápoles no dia 16, dirigindo-se ao estacionamento em Bagnuoli.

Partida de pracinhas brasileiros para a luta contra o Eixo, da Baía da Guanabara
Foto: Gedoc/BM - CD-ROM II Guerra Mundial
(Agência Estado/jornal Estado de Minas, edição Revista Neo Interativa, S.Paulo/SP, 1995)
De 1º a 4 de agosto, a FEB é incorporada ao V Exército e, dos dias 18 a 20 desse mês, realiza-se o movimento das tropas para o Estacionamento de Vada. No dia 23, são organizados quatro "Grupos Suplementares Brasileiros, em Hospitais Norte-Americanos" e do dia 26 a 4 de setembro, é realizado um estágio na 88ª Divisão de Infantaria e, combate.
A 6 de setembro, a 1ª Companhia de Engenharia passa à disposição do IV Corpo, sendo, assim, a primeira tropa brasileira a entrar em ação. A 11 do mês, é organizado o "Destacamento FEB", sob o comando do general Zenóbio da Costa (6º Regimento de Infantaria, II/1º, R.O. Au. R. 1ª Cia. do 9º B.E., Cia. de Evacuação do 1º B.S.). Nos dias 15, 16, 17 e 18, acontece a entrada em linha do "Destacamento FEB", começando a ofensiva e conquista de Massarosa, Monte Comunale, Il Monte, Guilardona, Il Vecoli, C.S. Lucia, Stiava e Camaiore.

Desembarque do 1º Escalão da FEB no porto de Nápoles, em 16 de julho de 1944: 
seus 5.075 homens eram comandados pelo general Zenóbio da Costa
Foto: História do Século 20, volume 5 (1942/1956), Ed. Abril Cultural, São Paulo/SP, 1975
No dia 18 de setembro, embarcam no Rio de Janeiro o 2º e 3º Escalões que partem nos navios Gen. Meiggs e Gen. Mann no dia 22 do mesmo mês, chegando a Nápoles no dia 6 de outubro.
No dia 25 de setembro, a FEB conquista Monte Valimono; Monte Acuto, no dia 26; Monte Prano, a 27, seguindo o destacamento para o vale do Serchio, atingindo, no dia 29, Stazzema-Formoli onde capturam Pescaglia e Borgo a Mozzano.
As atividades para a FEB, no mês de outubro, tiveram começo no dia 5, com a captura de Chivizzano e Bologna e, no dia seguinte, conquista de Corelagia Antelminelli e Fornacci. No dia 7, a ocupação de Gallicano, Fabricche e Cardoso. No dia 11, conquista de Barga. A 24 e 25, ocupação de Somacolonia, Trassilico e Verni. No dia 28, captura de Monte Facto; no dia seguinte, ocupação de Calomini; no dia 30, conquista de Lama di Sotto, Lama di Sopra, Pradoscello, Plan de los Rios, Collo e San Quirico e, no dia 31, dava-se o início da marcha para o Vale do Reno.
No mês de novembro, no dia 10, dá-se o início da defensiva do Vale do Reno. No dia 16, conquista Boscacio, Il Sasso e Monte Cavaloro.

Pracinhas brasileiros na Itália
Foto: Gedoc/BM - CD-ROM II Guerra Mundial
(Agência Estado/jornal Estado de Minas, edição Revista Neo Interativa, S.Paulo/SP, 1995)
Parte do Rio de Janeiro, no dia 23 de novembro, o 4º Escalão de embarque, chegando a Nápoles no dia 7 de dezembro.
Roteiro da FEB na Itália
Imagem: Gedoc/BM - CD-ROM II Guerra Mundial
(Agência Estado/jornal Estado de Minas, edição Revista Neo Interativa, S.Paulo/SP, 1995)
Nos dias 24 e 25 de novembro, Monte Castelo é atacado pela Task Force 45 (N.E.: Força-Tarefa 45)a que estava adido o III 6º Regimento de Infantaria, sem resultado. No dia 29, dá-se o terceiro ataque ao mesmo Monte Castelo (o primeiro sob comando brasileiro), com resultado negativo e, a 12 de dezembro, novamente é tentada, pelo comando brasileiro, a tomada do citado Monte, mas sem resultado. Com esta ação, encerra-se o ano de 1944.
No ano de 1945, a 8 de fevereiro, parte do Rio de Janeiro o 5º Escalão, chegando a Nápoles a 22 do mesmo mês. No dia 21, é realizado, pela FEB, o quinto ataque (terceiro brasileiro) ao Monte Castelo, sendo, desta vez, conquistado, constituindo-se em uma das mais brilhantes ações da força brasileira, nos campos de batalha da Itália.
Nos dias 23 e 24, é realizado o ataque e conquista de La Serra, Cota 958 e Bela Vista.
No mês de março, nos dias 3 e 4, é realizada a limpeza do Vale do Marano e, no dia 5, é efetuado o ataque e conquista de Soprassasso e Castelnuovo.
O mês de abril começa com o ataque e conquista (nos dias 14 e 15) de Montese, Secreto e Pravento. Nos dias 22 e 23, é realizada a ocupação de Zocca, Vignola, Rio Secchia, Esgastolo, Pormigine, Castelara e Sassuolo. A 26, 27 e 28, a conquista de Colecchio e Fornovo e nos dia 29 e 30, ocupação de Piacencia, Castelvetro e Alessandria; execução da rendição da 148ª Divisão de Infantaria alemã, da 90ª Divisão Blindada e da Divisão "Itália".
No mês de maio (dias 1º e 2), é levada a efeito a ocupação das regiões de Casale, Solero, Salvatore e Casteleto; ocupação de Turin e a ligação com a 27ª Divisão do Exército Francês em Suza - neste mesmo dia (2 de maio), leva-se a efeito a Rendição Incondicional das tropas inimigas que combatiam na Itália e, no dia seguinte, dá-se o início do período de ocupação, que terminou no dia 20 de junho de 1945, embora a guerra houvesse sido declarada oficialmente terminada, pelo referido termo de rendição, assinado a 8 de maio de 1945.
Tropas brasileiras recebem instruções militares
Imagem: Gedoc/BM - CD-ROM II Guerra Mundial
(Agência Estado/jornal Estado de Minas, edição Revista Neo Interativa, S.Paulo/SP, 1995)
No dia 3 de junho, são iniciados os preparativos para o deslocamento das tropas brasileiras, para Francolise.
Os efetivos da FEB, na Segunda Guerra Mundial, somaram 25.394 homens. As perdas foram de 21 oficiais e 444 praças mortos em combate; 2.723 feridos; 35 prisioneiros e 16 extraviados.
Entrou em ação contra: Alemanha - 42ª Divisão Ligeira, 90ª Divisão Motorizada e as Divisões de Infantaria 114ª, 148ª, 232ª. 305ª e 334ª; Itália - Divisão Itália, Divisão Monte Rosa e Divisão San Marco.
A FEB aprisionou: 2 generais, 892 oficiais e 19.689 soldados, num total de 20.583 prisioneiros.
As vitórias brasileiras mais expressivas na Itália foram: Camaiore, Monte Prano, Monte Castelo - onde foi realizada uma das maiores façanhas da Campanha da Itália, pelos soldados brasileiros -, Castelnuovo, Montese, Zocca, Colecchio e Fornovo.

Soldados brasileiros treinam com fuzil Springfield
Foto: Gedoc/BM - CD-ROM II Guerra Mundial
(Agência Estado/jornal Estado de Minas, edição Revista Neo Interativa, S.Paulo/SP, 1995)
Atuação da Força Aérea Brasileira - FAB
O major-aviador Nero Moura era o comandante do 1º Grupo de Aviação de Caça, na Itália, que tanto participou na Campanha da FEB na Itália.
O Grupo de Caça Brasileiro executou 445 missões, realizando 2.546 saídas, completando 5.465 horas de vôo em operações de combate. Nestas operações, foram lançadas 4.442 bombas, num total aproximado de 1.010 toneladas, participando em inúmeros combates.
Os componentes do 1º Grupo de Caça Brasileiro são citados pelos relevantes serviços prestados, em ação contra o inimigo, no campo de operações do Mediterrâneo.

Brasileiros em cidade italiana
Foto: Gedoc/BM - CD-ROM II Guerra Mundial
(Agência Estado/jornal Estado de Minas, edição Revista Neo Interativa, S.Paulo/SP, 1995)
Marinha Mercante Brasileira
A Marinha Mercante, durante a 2ª Guerra Mundial, teve a seu cargo, fundamentalmente, o transporte de materiais necessários à guerra na Europa.
Nestas e outras missões, sofreu o ataque a 31 dos seus navios, dos quais oComandante Lira foi o único navio torpedeado que não afundou.
Morreram, nestes ataques, 971 pessoas (entre tripulantes e passageiros), e foram salvas 1.521 pessoas. As perdas, em tonelagem, foram em um total aproximado de 126.535 toneladas.

Em julho de 1945, membros da FEB retornam ao Brasil
Foto: Gedoc/BM - CD-ROM II Guerra Mundial
(Agência Estado/jornal Estado de Minas, edição Revista Neo Interativa, S.Paulo/SP, 1995)
Participação da Baixada Santista
Desde os primeiros momentos, após a Declaração de Guerra do Brasil aos países beligerantes do Eixo, a população da Baixada Santista manifestou o seu apoio à histórica e corajosa decisão adotada pelo presidente Vargas.
Santos disse presente, pelos seus cidadãos, de todas as idades, àquele momento em que a nação clamava pela participação do povo brasileiro em todos os movimentos de suporte cívico e material à participação do Brasil nos campos de batalha da 2ª Grande Guerra Mundial.
Jovens, estudantes, operários, comerciários, donas-de-casa, comerciantes, homens do alto comércio, servidores públicos, portuários, todos, unívocos, se mobilizaram em Santos, para que a cidade participasse decisivamente em prol dessa luta pela liberdade dos povos, tal como já participara da Independência.
As pirâmides de metais surgiram em todos os bairros da cidade. Senhoras e moças voluntárias se arregimentaram na Cruz Vermelha Brasileira (na Praça dos Andradas), para a confecção de roupas, fardamentos e cursos de enfermagem.
Pirâmide do Monte Serrate, como foi chamada, instalou-se na Praça Mauá, a 10 de setembro de 1942, e veio a ser o maior ponto de recepção de doações de toda a natureza para o "esforço de guerra" brasileiro.
Houve doações em dinheiro, em espécie, em trabalho e até mesmo de "um dia de salário" em prol da Legião Brasileira de Assistência, que fora fundada pela primeira-dama do País, sra. Darcy Vargas.
O movimento santista em prol da democracia veio a coroar-se com a participação de sua gente nos campos de batalha, na Itália. Não apenas soldados, cabos, sargentos e oficiais radicados nas unidades militares da Baixada Santista foram recrutados, mas também jovens reservistas - inclusive alguns voluntários - que, depois de passados por rigorosa triagem e treinamento, inicialmente aqui mesmo e depois no Rio de Janeiro, foram selecionados para integrar a FEB - Força Expedicionária Brasileira.
Daqui partiram cerca de 200 homens, que foram preparados na antiga Capital brasileira, e dos quais 90 santistas integraram os cinco escalões da FEB que estiveram em plena guerra.

Em 19 de julho de 1945, a recepção triunfal aos pracinhas, no Rio de Janeiro
Imagem: reprodução da primeira página do jornal santista A Tribuna, em 20/7/1945
Lamentavelmente não conseguimos uma listagem oficial de todos os pracinhas(assim eram chamados os membros da FEB) de Santos, que lutaram heroicamente contra o nazi-fascismo de Hitler, Mussolini e Hiroito, os responsáveis pelo maior morticínio de toda a história da Humanidade.
Empenhamo-nos em publicar, nesta obra, os nomes de todos que daqui partiram, dos muitos que voltaram feridos, de alguns que voltaram mutilados, de outros que retornaram com neuroses de guerra e daqueles que não voltaram, cujos corpos permaneceram por muitos anos no Cemitério Brasileiro de Pistóia (na Itália). Lamentavelmente não conseguimos, reafirmamos.
Não nos restou outra alternativa senão recorrer a alguns ex-combatentes e, por lembranças esparsas, relacionamos alguns santistas que integraram a Força Expedicionária Brasileira, valorosos heróis que deveriam ser mais respeitados e homenageados pela comunidade, pelos Poderes Públicos, pelas instituições, e por todos reverenciados, porque eles defenderam a Pátria, lutaram pela democracia e perderam sangue pela liberdade dos povos.
Santos da Independência, da Libertação dos Escravos, da República, da Revolução Paulista de 1932, também participou dessa gloriosa página.
Aos pracinhas aqui relacionados e a todos os que omitimos, involuntariamente, o nosso preito de admiração e respeito: Ataíde Fernandes, Ary Esteves Fernandes, Aurélio de Barros Mello, Antônio Rodrigues, Aldo Ripassati, Alcides Antônio Campos, Alberto Sanches Bittencourt, Américo Duarte, Dirceu Cícero de Miranda, Oscar Azevedo Marques, Galileu Ramos, João dos Santos, João Farias Freitas, Paulo Dias, Pedro de Oliveira, Romualdo Santos Filho, Waldemar Presas Rodrigues, Waldemar Neves Guerra, Wilson Porto de Oliveira, João Antônio Sevilhano, Manoel da Luz, Antônio Lopes Cardoso Filho, Alberto Camargo de Paula Novais, João de Almeida, Ocrídio Farbo, Paulo Nunes dos Passos, Eduardo de Araújo Falcão, Jordão Correia Filho, Urias Gouveia, Antônio Soeiro de Farias e José do Nascimento. (Contamos para a elaboração deste trabalho com a colaboração do sr. Ataíde Fernandes, ex-combatente da FEB).

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

MARECHAL MACKENSEN















August von Mackensen


August von Mackensen

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
August von Mackensen
Mackensen.jpg
Marechal de Campo von Mackensen
ApelidoThe Last Hussar , o cérebro deHindenburg ", Amerikaner fresser" (Eater dos norte-americanos), [ 1 ]
Nascido6 de dezembro de 1849 Haus Leipnitz ,Província da Saxônia , Prússia
Morreu08 de novembro de 1945 (aos 95 anos)Burghorn, Alemanha
Serviço / ramoExército
Os anos de serviço1869-1919
CategoriaGeneralfeldmarschall
Prêmios
RelaçõesEberhard von Mackensen
Assinatura
Anton Ludwig August von Mackensen (06 de dezembro de 1849 - 8 de novembro 1945), nascido agosto Mackensen , era um soldado alemão emarechal de campo . [ 2 ] Ele comandou com sucesso durante a Primeira Guerra Mundial e se tornou um dos Império Alemão 's mais proeminente Os líderes militares. Após o armistício, Mackensen foi internado por um ano.Aposentou-se do exército em 1920 e foi feito um prussiano conselheiro de Estado em 1933 por Hermann Göring . Mackensen, um comprometidomonárquico , às vezes se encontrava em funções oficiais em seu uniforme da WWI-era durante a era nazista , mas era suspeito de deslealdade e permaneceu fiel à causa monárquica.

Primeiros anos editar ]

Mackensen nasceu em Haus Leipnitz , perto da aldeia de Dahlenberg noPrussian Província da Saxônia , a Louis e Marie Louise Mackensen. Seu pai, um administrador de empresas agrícolas, mandou-o para um Realgymnasiumem Halle em 1865, com a esperança de que a aparente Mackensen iria segui-lo em sua profissão. [ 3 ]
Mackensen começou o serviço militar em 1869 como voluntário com o prussiano 2 Vida Hussars Regiment ( Leib-Husaren-Regiment N º. 2 ). Durante a Guerra Franco-Prussiana , foi promovido a segundo-tenente e recomendado para a Cruz de Ferro , segunda classe. Ele deixou o serviço e estudou naUniversidade de Halle , mas voltou para o exército alemão em 1873, com o seu antigo regimento. Considerado entre os melhores cavaleiros do Império, ele foi separado funções normais para servir como um tutor na história militar para o futuro Kaiser Wilhelm II , que viria a enviar seu próprio filho para servir no regimento de Mackensen. Fechar as relações entre o Imperador e Mackensen iria continuar por muitos anos.[ 4 ] Em 1891, entrou para o Estado-Maior em Berlim, onde foi fortemente influenciado pelo novo chefe, Alfred von Schlieffen .
Casaco de Mackensen de armas (incolor)
De 17 jun 1893 a 27 de janeiro de 1898, Mackensen comandou o 1 º Regimento de Hussardos Vida ( Leib-Husaren-Regiment N º. 1 ), a qual se tornou à la suite quando ele deixou seu comando, e cujo uniforme que ele usava frequentemente como um general. [ 5 ] Ele foi enobrecido em 27 de janeiro de 1899, tornando-se August von Mackensen . [ 6 ] De 1901 a 1903, ele comandou o Hussar Brigada Vida ( Leib-Husaren-Brigade ) e 1903-1908 comandou a Divisão 36 em Danzig . [ 7 ] Quando Schlieffen se aposentou em 1906, Mackensen foi considerado por alguns como um possível sucessor, mas o trabalho foi para Helmuth von Moltke, o Jovem . Em 1908, Mackensen foi dado o comando do Exército XVII Corps e ordenou esse corpo até pouco depois do início da Primeira Guerra Mundial. [ 8 ]

Primeira Guerra Mundial editar ]

August von Mackensen
Já com idade de sessenta e cinco com a eclosão da guerra em 1914, Mackensen permaneceu no comando do XVII Army Corps como parte do Oitavo Exército alemão , primeiro sob o general Maximilian von Prittwitz e mais tarde sob o general Paul von Hindenburg . Mackensen teve seu corpo se movendo para fora em uma marcha 25 km aoRio Rominte dentro de cinqüenta minutos de receber suas ordens, na tarde de 19 de agosto, 1914 como o Exército Imperial Russo invadiu a Prússia Oriental . [ 9 ] Logo depois, o corpo de Mackensen lutou nas batalhas de Gumbinnen e Tannenberg . Em 02 novembro de 1914 Mackensen assumiu o comando do Exército Nona de Hindenburg, que havia sido nomeado Comandante Supremo Leste ( Oberbefehlshaber Ost ). Em 27 novembro de 1914 Mackensen recebeu o Pour le Mérite , a mais alta ordem militar da Prússia, para ações em torno de Łódź e Varsóvia . Ele comandou o Nono Exército até abril de 1915, quando ele assumiu o comando do Exército Eleventh e Grupo de Exércitos Kiev ( Heeresgruppe Kiew ), vendo a ação em Galiza e ajudar na captura de Przemyśl e Lemberg . Ele foi premiado com folhas de carvalho para o le Mérite Despeje em 3 de Junho 1915 e promovido a marechal de campo em 22 de junho. Após esta campanha, ele foi condecorado com a Ordem da Águia Negra , de mais alta patente ordem de cavalaria da Prússia. Durante este período, ele também recebeu inúmeras homenagens de outros estados alemães e aliados da Alemanha, incluindo a Grã-Cruz da Ordem Militar de Max Joseph , a mais alta honraria militar do Reino da Baviera , em 4 de junho de 1915.

Campanha sérvio editar ]

Monumento erguido Primeira Guerra Mundial pelo alemão Mackensen geral para os defensores sérvios de Belgrado
Em outubro de 1915, Mackensen, no comando do recém-formado Grupo de Exércitos Mackensen ( Heeresgruppe Mackensen , que incluiu o 11 º exército alemão, austro-húngaro 3 Exército, eo búlgaro 1 Exército), liderou uma renovada-alemão austro-húngaro -búlgaro campanha contra Sérvia . A campanha finalmente esmagada resistência militar eficaz na Sérvia, mas não conseguiu destruir o exército sérvio, que, embora cortada ao meio, conseguiu retirar a portas Entente de capital aberto na Albânia e, após a recuperação e rearmamento pelos franceses, reentrou lutando na frente macedónio . Ele afirmou que em seu discurso a suas tropas antes da partida frente sérvio:-Você não está indo tanto em italiano ou russo, ou na frente francesa. Você se aproxima esta luta contra um novo inimigo, um perigoso, difícil, corajoso e afiada. Você está indo para a frente Sérvio e da Sérvia e os sérvios são um povo que ama a liberdade e que lutam e sacrifício até o fim. Certifique-se de lutar contra o inimigo e não eclipsar a glória e não comprometer o sucesso atual do famoso exército alemão -. carece de fontes? ] Durante a luta para Belgrado , as tropas dos Poderes Central encontrou um resistência muito dura , por isso Mackensen erigido um monumento aos soldados sérvios que morreram defendendo Belgrado, dizendo-HIER RUHE Serbische HELDEN-- "heróis sérvios descansar aqui.", ambos em alemão e sérvio. Von Mackensen está na historiografia sérvio eo público em geral respeitou muito. O único soldado inimigo e líder militar que é tratado assim. Em público, ele é sempre mencionado como um adversário que tinha respeito pelos soldados sérvios e as pessoas.

Campanha romena editar ]

Marechal de Campo Mackensen revendo tropas búlgaras seguido pelo príncipe Boris(c. 1916).
Ele seguiu-se em 1916 com uma campanha bem sucedida contra a Romênia (sob o comando geral do general Erich von Falkenhayn ). Ele estava no comando de um exército multinacional de búlgaros , turcos otomanos e alemães. Apesar disso, as suas ofensivas foram muito bem sucedidos, quebrando todos os exércitos que enfrentou a sua própria. Em 9 de janeiro de 1917, Mackensen foi agraciado com o Grande Cruz da Cruz de Ferro , tornando-se um dos únicos cinco destinatários desta honra na Primeira Guerra Mundial.
De 1917 em diante, Mackensen era o governador militar das partes da Roménia (principalmente Valáquia ) controlados pelo Potências Centrais. Sua última campanha foi uma tentativa de destruir o exército romeno, que havia sido reorganizada após a Kerensky ofensivo , e ocupam o resto do país (a parte norte-oriental). Mas a tentativa falhou na batalha de Mărăşeşti , ambos os lados, tendo grandes perdas, mas com o exército romeno vitorioso. No final da guerra, ele foi capturado pelo general Louis Franchet d'Esperey exército aliado 's na Hungria (nomeadamente pelas unidades sérvias) e mantido como prisioneiro militar em Futog , até novembro de 1919.

Carreira pós-guerra editar ]

Em 1920, Mackensen aposentado do exército. Embora estando na oposição ao sistema republicano recém-criado, ele evitou campanhas públicas. Por volta de 1924, ele mudou de idéia e passou a usar sua imagem de herói de guerra para apoiar grupos monarquistas conservadores. Ele rotineiramente apareceu em seu velho uniforme Vida Hussars e tornou-se muito ativo em organizações conservadoras pró-militares, em particular o Stahlhelm ea Sociedade Schlieffen.
Durante a eleição presidencial de 1932 Alemão , Mackensen apoiado Hindenburg contra Hitler , mas depois de Hitler ganhou o poder em 1933 Mackensen tornou-se um visível, mesmo que apenas simbólico, apoiante do regime nazista. Alto perfil perfil público de Mackensen, em seu característico uniforme preto Vida Hussars, foi reconhecido pela empresa Hausser-Elastolin, que produziu uma figura de 7 cm dele em sua linha de Elastolin composição soldados. [ 10 ] A fama de Mackensen e uniforme familiarizado deu subir para duas unidades do Terceiro Reich separados adotando vestido preto com Totenkopf emblemas: o Panzerwaffe , que reivindicou a tradição da cavalaria imperial, e "Life Guards", de Hitler a SS .
Mackensen no funeral do Kaiser
Embora Mackensen apareceu em seu uniforme preto em eventos públicos organizados pelo governo alemão ou do Partido Nazista, ele opôs-se à morte de generais Ferdinand von Bredow e Kurt von Schleicher durante a noite das facas longas purga julho de 1934, e às atrocidades cometidos durante os combates na Polônia, em setembro de 1939. No início da década de 1940, Hitler e Joseph Goebbels suspeita Mackensen de deslealdade, mas não podia fazer nada. [ 11 ] Mackensen permaneceu um monarquista comprometido e em 1941 apareceu em uniforme completo de Kaiser Wilhelm ' s funeral em Doorn , na Holanda.
De acordo com uma reportagem de rádio de 15 de abril de 1945, movida pela CBS Newscorrespondente Larry LeSueur para World News Today, Mackensen foi brevemente capturado pelos britânicos Segundo Exército em sua casa durante as semanas finais daSegunda Guerra Mundial . Com a chegada dos britânicos, ao invés de fazer uma declaração de guerra, como esperado, o velho soldado apenas fez o pedido que os trabalhadores estrangeiros recém-libertados devem ser "guardados de roubar suas galinhas". [ 12 ]
Mackensen morreu no dia 08 de novembro de 1945 com a idade de 95, a sua vida tendo mediu o Reino da Prússia , o Império Alemão , a República de Weimar , a Alemanha nazista , eo pós-guerra, ocupação aliada da Alemanha .

Família editar ]

A família de August von Mackensen no seu 80 º aniversário
Em novembro de 1879, casou-se com Mackensen Dorothea von Horn (1854-1905), e tiveram cinco filhos:
  • Else Mackensen (1881/2-1888)
  • Hans Georg von Mackensen (1883-1947), diplomata
  • Manfred von Mackensen
  • Eberhard von Mackensen (1889-1969), Generaloberst
  • Ruth von Mackensen (1897-1945)
Em 1908, após a morte de sua primeira esposa, casou-se em segundo lugar Mackensen Leonie von der Osten (1878-1963).

Citação editar ]

Em 4 de fevereiro de 1940, escreveu a Mackensen marechal Walther von Brauchitsch : "Como um homem se torna mais velho, ele tem que observar cuidadosamente que a idade não tem reduzido a sua criatividade Depois de atingir a idade de 90 anos, eu decidi não me envolver mais. com assuntos que não estão preocupados com a minha vida privada. No entanto, eu ainda sou o oficial alemão mais antigo. Muitos voltam para mim, às vezes com os desejos, mas mais frequentemente com suas preocupações. Durante essas semanas, a nossa preocupação é com o espírito de nosso exclusivo Exército e bem sucedida. preocupação resultados dos crimes cometidos na Polônia, saques e assassinatos que ocorrem diante dos olhos de nossas tropas, que parecem incapazes de pôr fim a eles. Uma aparente indiferença tem consequências graves para a moral dos nossos soldados e é prejudicial para a estima de nosso exército e toda a nossa nação. Estou certo de que você está ciente desses eventos e que você certamente condená-los. Estas linhas pretendem transmitir a minha preocupação cresce diariamente os relatórios que constantemente chegam em mim, e eu tem que pedir-lhe para assumir este assunto com a mais alta autoridade. As mensagens que recebo são tão numerosos, muitos vêm de alto escalão pessoas e das testemunhas. À medida que o oficial mais graduado que não pode mantê-los para mim. Ao transmitir a você, Eu cumprir o meu dever para com o Exército. a honra do Exército e da estima em que é realizada não deve ser comprometida pelas ações de sub-humanos e criminosos contratados. Sieg heil ". [ 13 ]

Honras editar ]

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