Invasão de Creta
II Guerra Mundial / Frente Ocidental 20-05-1941 |
Este acontecimento teve inicio em: 20-05-1941 e terminou em 02-06-1941
Vencedor: Alemanha / III Reich | |||||||
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A Grécia tinha entrado na guerra em Outubro de 1940 após um ataque italiano que não tinha sido aprovado pelos alemães. O ataque italiano revelou-se um total fracasso, tendo os gregos contra-atacado as forças italianas obrigando-as a retirar.
O apoio britânico aos gregos, que começaram a desembarcar na Grécia em 7 de Março de 1941 levou a que a Alemanha preparasse a invasão daquele país, garantindo a neutralidade turca para a passagem de forças alemãs pelo território da Bulgária. A acção alemã contra a Grécia ocorreu na sequência da invasão da Jugoslávia e decorreu durante a primeira metade do mês de Abril e os tanques alemães entram em Atenas a 28 de Abril.
A rapidez dos ataque alemão e principalmente os seus inesperados movimentos, desarticularam a defesa grega, levando a que os britânicos decidissem evacuar as suas tropas para a ilha grega de Creta.
Os ataques aéreos alemães que começaram desde 15 de Maio forçaram os britânicos a retirar de Creta os seus aviões de caça Hurricane, tendo os últimos sido retirados no dia 19 de Maio.
À espera de um ataque desembarque alemão por mar
Curiosamente, sabe-se hoje que os comandantes britânicos esperavam um ataque por mar e que os ataques de para-quedistas era suposto serem apenas manobras de diversão. Como resultado disto, os britânicos dispersaram muitas forças para proteger as zonas costeiras e nem sequer dinamitaram os aeroportos.
Operações contra Creta
Às 05:30 e às 07:15 da manhã de 20 de Maio, os alemães bombardeiam os aeródromos de Maleme e Heraklion e efectuam um lançamento de 1880 paraquedistas sobre Maleme às 08:00 da manhã. Mais tarde, por volta das 16:15 lançam 1500 para-quedistas sobre Rethimon e às 17:30 mais 2.000 sobre Heraklion.
No entanto, ao fim do dia os britânicos continuam a controlar os aeródromos de Maleme, Rethimnon e Heraklion, o que impede a Luftwaffe de os utilizar para transportar tropas por meios convencionais.
Visão geral dos desembarques alemães e da movimentação britânica para evacuação das tropas.
O apoio britânico aos gregos, que começaram a desembarcar na Grécia em 7 de Março de 1941 levou a que a Alemanha preparasse a invasão daquele país, garantindo a neutralidade turca para a passagem de forças alemãs pelo território da Bulgária. A acção alemã contra a Grécia ocorreu na sequência da invasão da Jugoslávia e decorreu durante a primeira metade do mês de Abril e os tanques alemães entram em Atenas a 28 de Abril.
A rapidez dos ataque alemão e principalmente os seus inesperados movimentos, desarticularam a defesa grega, levando a que os britânicos decidissem evacuar as suas tropas para a ilha grega de Creta.
Os ataques aéreos alemães que começaram desde 15 de Maio forçaram os britânicos a retirar de Creta os seus aviões de caça Hurricane, tendo os últimos sido retirados no dia 19 de Maio.
À espera de um ataque desembarque alemão por mar
Curiosamente, sabe-se hoje que os comandantes britânicos esperavam um ataque por mar e que os ataques de para-quedistas era suposto serem apenas manobras de diversão. Como resultado disto, os britânicos dispersaram muitas forças para proteger as zonas costeiras e nem sequer dinamitaram os aeroportos.
Operações contra Creta
Às 05:30 e às 07:15 da manhã de 20 de Maio, os alemães bombardeiam os aeródromos de Maleme e Heraklion e efectuam um lançamento de 1880 paraquedistas sobre Maleme às 08:00 da manhã. Mais tarde, por volta das 16:15 lançam 1500 para-quedistas sobre Rethimon e às 17:30 mais 2.000 sobre Heraklion.
No entanto, ao fim do dia os britânicos continuam a controlar os aeródromos de Maleme, Rethimnon e Heraklion, o que impede a Luftwaffe de os utilizar para transportar tropas por meios convencionais.
Visão geral dos desembarques alemães e da movimentação britânica para evacuação das tropas.
A conquista de um aeroporto - especialmente o de Maleme – é absolutamente essencial para garantir o sucesso da operação em Creta e os comandantes alemães sabem disso. As forças desembarcadas lutam durante as últimas horas de luz, conseguindo desalojar os defensores britânicos e neo zelandeses que controlavam o ponto mais elevado nas imediações do aeródromo de Maleme que permitia dominar a pista.
Ao nascer do sol de 21 de Maio, a Luftwaffe aterra o seu primeiro Junkers Ju-52 na base de Maleme. Até às 17:00 mais tropas alemãs são lançadas a leste de Maleme e mais 550 paraquedistas e 650 tropas de montanha.
Os britânicos por sua vez tentam organizar um contra-ataque e conseguem mesmo evitar a aproximação de navios de transporte onde seguem mais militares alemães.
No dia 22 de manhã, os britânicos forçam os alemães recuar até à área limítrofe do aeroporto de Maleme, mas não conseguem desaloja-los.
No mar, embora sendo permanentemente atacada pela Luftwaffe, a Royal Navy continua a estabelecer um cordão de segurança que impede o transporte de forças alemãs por mar.
Nos aeroportos de Heraklion e Rethimo os alemães continuam sem conseguir atingir os objectivos, mas lançam mais 1950 parquedistas sobre a área de Maleme.
A 23 de Maio, aterram em Maleme os primeiros aviões alemães com reforços e tropas frescas para continuar o ataque e ocupação da ilha de Creta. Os britânicos são obrigados a recuar perante o aumento da pressão alemã. No total, 3650 militares alemães são desembarcados em Creta neste dia.
O sucesso em torno de Maleme, leva a que os dois outros locais sejam praticamente abandonados nos dias 21 a 23, ficando as tropas alemãs em Heraklion e Rethymno literalmente cercadas. A opção é táctica e será mais tarde considerada adequada. Ao reforçar Maleme os alemães vão garantir a vitória.
Em 24 de Maio, ocorre um novo ataque contra os aerodromos de Heraklion e Rethimno, com novos desembarques de tropas paraquedistas e por terra pelas forças alemãs que já combatem na ilha.
Na imagem, paraquedistas alemães aterram nas proximidades da baía de Souda.
A 25 de Maio, o rei da Grécia, que se encontrava em Creta, é evacuado para o Egipto.
A RAF bombardeia o aeroporto de Maleme, destruindo 24 Junkers Ju-52 no solo.
A tomada do aeroporto de Maleme e a continua pressão sobre as forças aliadas, especialmente resultado da pressão da aviação levou a que as tropas britânicas optassem pela retirada.
A 26 de Maio perante mais uma ofensiva alemã, é decidido que as tropas aliadas na parte ocidental da ilha deverão marchar para sul onde poderão ser evacuadas a partir do pequeno porto de Sphakion.
A 27 de Maio, o comando britânico informa que não é viável continuar a defender Creta, pelo que as forças que restam devem ser evacuadas.
No mesmo dia chegam a Souda Bay forças especiais britânicas (Lay Force), mas conclui-se que não existem condições para efectuar uma operação ofensiva, pelo que essas forças são utilizadas para apoiar a retirada do grosso das forças britânicas para Sphakion, atravessando as montanhas.
A 28 de Maio, os dois grupos britânicos iniciam a operação de evacuação. A força ocidental dirige-se para Sphakia no sul e as força no leste e centro da ilha dirigem-se para Heraklion.
A 29 de Maio são evacuados 700 militares em Sphakion e outros 4,000 em Heraklion. Praticamente apenas o aeródromo e a área do porto são controlados pelas forças aliadas. Os alemães atingem fatalmente o contra-torpedeiro «HMS Imperial» que protegia a retirada em Heraklion[1].
A 30 de Maio os alemães tomam Heraklion.
No mesmo dia, mais de 6,000 homens são evacuados a sul em Sphakion por uma força naval britânica.
A 31 de Maio são evacuados mais 1500 homens em Sphakion, à medida que se intensificam os ataques alemães que são contidos nas montanhas em volta do pequeno porto.
A 1 de Junho termina o embarque das forças britânicas e aliadas. Um total de 4,000 homens são evacuadas.
Ao fim do dia estão nos navios os últimos soldados aliados. As perdas britânica, australianas e neo-zelandesas atingem mais de 16.000 homens, enquanto que os alemães sofreram mais de 6.000 baixas, 60% das quais mortos.
A operação fica concluída em 2 de Junho, com a evacuação final em que são perdidos três contratorpedeiros britânicos.
A operação Merkur, tinha sido um sucesso do ponto de vista estratégico. A queda de Creta, foi o culminar do fracasso da operação britânica de ajuda à Grécia. A operação desviou importantes recursos britânicos que se tivessem ficado no norte de África, poderiam ter ajudado a derrotar o Afrika Korps de Romel, que assim ganhou força e tomou a iniciativa, que só viria a perder dois anos mais tarde.
Mas se para os alemães a situação é de vitória clara, no caso específico das suas forças paraquedistas os resultados são muito diferentes. As perdas que a força sofreu em pouco mais de 10 dias de combates são proporcionalmente devastadoras. Dos 22,000 homens que entraram em combate, 6,000 foram mortos ou feridos. Mais de metade das baixas são mortos.
Hitler não ficou satisfeito com o resultado e depois de Creta os paraquedistas alemães nunca mais serão utilizados para encabeçar um ataque, servindo apenas como força de apoio tático.
Forças em presença
As forças aliadas eram constituídas por 32,000 homens vindos da Grã Bretanha, Austrália e Nova Zelândia, a que se juntavam 10,000 gregos, restos das duas divisões que tinham sido evacuadas juntamente com as forças britânicas.
O armamento das forças aliadas era essencialmente constituido por armamento ligeiro.
Estavam disponíveis nove carros de combate Matilda Mark I, armados com um canhão de 40mm. Mas apenas havia munição perfurante, que não era adequada contra infantaria.
Estavam disponíveis 16 carros leves Vickers Mk.VI armados com metralhadoras mas era material já relativamente antigo que tinha estado ao serviço no Egito.
A artilharia aliada era essencialmente constituída por canhões italianos de 75mm capturados pelos gregos no continente. Também havia quatro canhões anti-tanque de 40mm (2 pounder na designação britânica).
As forças alemãs eram constituidas por cerca de 22,000 homens, mas em termos de armamento as coisas não eram muito melhores que para os aliados. Por se tratar de forças para-quedistas, o armamento pesado era pura e simplesmente inexistente.
Estava previsto o envio de artilharia e alguns veículos por via marítima, mas a Royal Navy impediu-os de chegar.
Os alemães tinham conseguido tomar o aeroporto de Maleme, mas 48 horas depois os bombardeiros britânicos tinham deixado a pista impraticável, pelo que apenas algumas peças de 75mm e 105mm foram recebidas, junto com uma mão cheia de canhões anti-tanque.
A única vantagem clara dos alemães residia no facto de como tropas especiais, elas terem disponível uma grande proporção de armas ligeiras automáticas.
Para lá dessa vantagem, os alemães contavam com total superioridade aérea, o que permitiu a utilização dos bombardeiros Ju-88 contra navios da Royal Navy.
Perdas
Calcula-se que as perdas do lado aliado tenham ascendido a
A Royal Navy perdeu seis contra-torpedeiros e três cruzadores e também viu três dos seus couraçados serem danificados.
[1] – O navio fica a flutuar e terá que ser afundado por outro navio britânico para evitar que o casco fosse tomado pelos alemães.
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