Zhukov admitiu que a URSS foi quase derrotada
Zhukov admitiu que a URSS foi quase derrotada
Uma entrevista na qual o comandante soviético admitiu o quão perto Moscou esteve da derrota pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial foi ao ar na Rússia pela primeira vez.
A União Soviética quase perdeu a guerra em 1941 e sofreu de pobre planejamento, de acordo com Marechal Georgi Zhukov na franca entrevista televisiva que foi banida desde sua gravação em 1966.
Zhukov, o mais condecorado general da história russa e soviética, admitiu que os generais soviéticos não estavam confiantes de que poderiam segurar as forças alemãs na linha de defesa de Mozhaisk, fora de Moscou.
“Tinham os comandantes confiança de que poderíamos segurar a linha de defesa e parar o inimigo? Tenho que dizer francamente que não tínhamos certeza disso. Seria possível conter as primeiras unidades do oponente, mas se ele rapidamente enviasse seu grupo principal, teria sido difícil pará-lo”, confessou ao entrevistador, o escritor soviético Konstantin Simonov.
Zhukov também revelou detalhes de suas correspondências com Josef Stalin, o líder durante a Segunda Guerra Mundial, na entrevista transmitida pelo canal governamental Channel One.
Ele recontou que um gripado Stalin o chamou a Moscou em outubro de 1941 para reorganizar o que ainda era uma raquítica defesa ocidental fora de Moscou. Após chegar ao front, Zhukov descobriu que as defesas montadas eram “absolutamente insuficientes”.
“Eu estava numa situação extremamente perigosa. Em essência, todas as vias de aproximação de Moscou estavam abertas. Nossas tropas na linha de defesa de Mozhaisk não poderiam parar o inimigo se ele investisse contra Moscou”.
“Telefonei para Stalin. Disse que a coisa mais urgente era ocupar a linha de Mozhaisk já que em partes da frente ocidental não havia tropas soviéticas”.
Logo depois, Stalin telefonou para Zhukov informando que ele havia sido feito comandante da frente ocidental.
A relação entre os dois terminaria tragicamente quando Stalin tornou-se preocupado com a popularidade de Zhukov após a guerra, e enviou-o para postos obscuros em Odessa e nos Urais.
Zhukov recebeu a honra de liderar a Parada da Vitória do Exército Vermelho em 1945, cavalgando pela Praça Vermelha num cavalo branco, e alguns historiadores acreditam que Stalin temeu ser derrubado pelo carismático general.
Após a morte de Stalin, Zhukov serviu como ministro da defesa, mas permaneceu uma figura controversa e as autoridades soviéticas ordenaram que a fita com sua entrevista com Simonov fosse destruída. No entanto, uma cópia do arquivo sobreviveu.
No fim das contas, o notório clima russo desempenhou um papel primordial para a derrota da Alemanha Nazista, mas a Wehrmacht “superestimou sua capacidade e subestimou as tropas soviéticas”, disse Zhukov.
Ao dar as razões para a vitória soviética, Zhukov não fez qualquer menção a Stalin, que foi pego desprevenido pela invasão alemã da URSS.
A transmissão da esquecida entrevista vem como antecipação à gigantesca parada em 9 de maio para marcar os 65 anos da derrota da Alemanha Nazista, enquanto a Rússia aparentemente vem cautelosamente derrubando diversos tabus sobre sua vitória na guerra.
Notavelmente, a Rússia recentemente disponibilizou na internet documentos sobre o Massacre de Katyn, onde oficiais poloneses foram assassinados por forças soviéticas eme 1940.
Fonte: The Telegraph, 5 de maio de 2010.
A União Soviética quase perdeu a guerra em 1941 e sofreu de pobre planejamento, de acordo com Marechal Georgi Zhukov na franca entrevista televisiva que foi banida desde sua gravação em 1966.
Zhukov, o mais condecorado general da história russa e soviética, admitiu que os generais soviéticos não estavam confiantes de que poderiam segurar as forças alemãs na linha de defesa de Mozhaisk, fora de Moscou.
“Tinham os comandantes confiança de que poderíamos segurar a linha de defesa e parar o inimigo? Tenho que dizer francamente que não tínhamos certeza disso. Seria possível conter as primeiras unidades do oponente, mas se ele rapidamente enviasse seu grupo principal, teria sido difícil pará-lo”, confessou ao entrevistador, o escritor soviético Konstantin Simonov.
Zhukov também revelou detalhes de suas correspondências com Josef Stalin, o líder durante a Segunda Guerra Mundial, na entrevista transmitida pelo canal governamental Channel One.
Ele recontou que um gripado Stalin o chamou a Moscou em outubro de 1941 para reorganizar o que ainda era uma raquítica defesa ocidental fora de Moscou. Após chegar ao front, Zhukov descobriu que as defesas montadas eram “absolutamente insuficientes”.
“Eu estava numa situação extremamente perigosa. Em essência, todas as vias de aproximação de Moscou estavam abertas. Nossas tropas na linha de defesa de Mozhaisk não poderiam parar o inimigo se ele investisse contra Moscou”.
“Telefonei para Stalin. Disse que a coisa mais urgente era ocupar a linha de Mozhaisk já que em partes da frente ocidental não havia tropas soviéticas”.
Logo depois, Stalin telefonou para Zhukov informando que ele havia sido feito comandante da frente ocidental.
A relação entre os dois terminaria tragicamente quando Stalin tornou-se preocupado com a popularidade de Zhukov após a guerra, e enviou-o para postos obscuros em Odessa e nos Urais.
Zhukov recebeu a honra de liderar a Parada da Vitória do Exército Vermelho em 1945, cavalgando pela Praça Vermelha num cavalo branco, e alguns historiadores acreditam que Stalin temeu ser derrubado pelo carismático general.
Após a morte de Stalin, Zhukov serviu como ministro da defesa, mas permaneceu uma figura controversa e as autoridades soviéticas ordenaram que a fita com sua entrevista com Simonov fosse destruída. No entanto, uma cópia do arquivo sobreviveu.
No fim das contas, o notório clima russo desempenhou um papel primordial para a derrota da Alemanha Nazista, mas a Wehrmacht “superestimou sua capacidade e subestimou as tropas soviéticas”, disse Zhukov.
Ao dar as razões para a vitória soviética, Zhukov não fez qualquer menção a Stalin, que foi pego desprevenido pela invasão alemã da URSS.
A transmissão da esquecida entrevista vem como antecipação à gigantesca parada em 9 de maio para marcar os 65 anos da derrota da Alemanha Nazista, enquanto a Rússia aparentemente vem cautelosamente derrubando diversos tabus sobre sua vitória na guerra.
Notavelmente, a Rússia recentemente disponibilizou na internet documentos sobre o Massacre de Katyn, onde oficiais poloneses foram assassinados por forças soviéticas eme 1940.
Fonte: The Telegraph, 5 de maio de 2010.
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