domingo, 7 de outubro de 2012

A BATALHA DA GRA BETANHA

Batalha da Grã-Bretanha

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Um voluntário civil do Royal Observer Corps[1][2] vigiando o céu de Londres.
Batalha da Grã-Bretanha, também conhecida como Batalha de Inglaterra[por quê?][necessário esclarecer], foi travada entre as forças aéreas da Alemanha nazista (Luftwaffe) e a força aérea britânica (RAF - Royal Air Force). Essa batalha representou o primeiro movimento alemão com o objetivo de concretizar a posterior invasão das ilhas britânicas.[vago]
Tendo em vista o objetivo maior que representava a invasão terrestre às Ilhas Britânicas3333333, o domínio aéreo de toda a extensão do Canal da Mancha, como também do sul da Ilha, era estrategicamente relevante.[carece de fontes]
A batalha da Grã-Bretanha foi a primeira batalha confrontada apenas com aviões.

Índice

Antecedentes

Segundo Winston Churchill, Adolf Hitler disse ao Grande Almirante Erich Raeder em 31 de julho:
"Se, depois de oito dias de guerra aérea intensiva, a Luftwaffe não houver conseguido uma destruição considerável da RAF, dos portos e das esquadras inimigas, a operação (de invasão) terá que ser adiada até maio de 1942".
Para tanto, Hitler dispôs nessa linha grandes quantidades de recursos militares, dentre eles caças Me-109 e bombardeiros leves. Estes ataques tiveram, nos seus movimentos iniciais, grande êxito. Além de ataques às cidades, os generais de Hitler deram a ele a opção de bombardear importantes centros industriais da Inglaterra, minando assim sua estrutura interna econômica.

A preparação

Durante o mês de junho e o início de julho, a Força Aérea alemã revitalizou e reagrupou suas formações. Só começou o primeiro ataque maciço em 10 de julho, sendo que outras datas de suprema importância se destacam 15 de agosto e 15 de setembro.
No tocante à qualidade dos aviões de combate, os alemães eram mais rápidos e tinham maior velocidade de subida, os britânicos eram mais manobráveis e mais bem armados. É importante lembrar que Hitler reconstruiu os caças utilizados, e, juntamente com seus generais, diminuiu os tanques dos aviões para colocar mais armamentos. Assim, os pilotos nazistas tinham que voltar à França para reabastecer, dando tempo à RAF de se restabelecer.
Em agosto, a Luftwaffe havia reunido 2 669 aeronaves operacionais, que abrangiam 1 015 bombardeiros, 346 caças de mergulho, 933 caças e 375 caças com armamento pesado.
Embora hoje, se lembre merecidamente o papel que os caças Supermarine Spitfire desempenharam na batalha devido a estarem encarregados de dar combate aos caças de escolta alemães, frequentemente se esquece o importante papel do outro modelo de caça britânico, o Hawker Hurricane encarregado de abater os bombardeiros. Hitler havia planejado uma invasão terrestre à Grã-Bretanha com uma força de 20 divisões. Uma grande desvantagem dos ingleses é que eles não podiam empregar todos os seus escassos recursos na defesa da sua ilha, pois era preciso manter suas posições no exterior, principalmente no Mediterrâneo. Mesmo assim, os nazistas teriam que enfrentar um exército de 25 divisões, todas elas em condições muito boas, mas com grave carência de armas.

A resistência britânica

Destruição em Londres.
Área de cobertura do sistema de radar britânico em 1940.
Numa fase mais avançada da batalha, o Reino Unido chegou em situação de extrema necessidade. Não havia mais contingente de pilotos, recrutas com pouco mais de duas horas de vôo eram levados a linha de frente e eram abatidos muito facilmente pelos pilotos alemães, que tinham a maior força aérea do mundo naquela época. A resistência nacionalista de Winston Churchill, que insuflava a população em discursos no rádio, e também o fato da rainha Elizabeth, esposa do Rei Jorge VI (e mãe da rainha Elizabeth II) não aceitar asilo político em local seguro oferecido pelos EUA, ajudavam a manter o moral da população britânica alto.
- "Morrerei com meu povo", citação de Elizabeth Bowes-Lyon durante os grandes ataques alemães.
No entanto, apesar da superioridade numérica alemã, os britânicos foram aos poucos conseguindo recuperar o domínio do seu espaço aéreo. Isso de deveu ao uso de uma tecnologia até então nova na aérea militar: o radar. Esta tecnologia teve função estratégica determinante pois diminuía a necessidade de aviões caças voando em função de ronda, pois passou a ser possível definir a localização dos aviões de ataque alemães minutos após sua descolagem no continente europeu. As graves baixas nazistas( 420 aviões perdidos só nas primeiras três semanas de agosto) começaram a diminuir a potência da Luftwaffe.

1940

A coragem dos pilotos britânicos da RAF também serviria como fator de viragem na Batalha da Inglaterra. Em um acto de extrema ousadia; no dia 25 de agosto de 1940, em resposta ao bombardeio (acidental) de Londres pela aviação alemã, 81 bombardeiros da RAF atacaram a Berlim. O fato assombrou os berlinenses, o alto comando alemão e o próprio Hitler.
Situação da guerra na Europa em 1940.
Vale lembrar que a Europa Ocidental estava quase que completamente nas mãos dos nazistas. O ataque a Berlim seria repetido várias vezes até o fim do mês. Enfurecido, Hitler prometeu vingança, num discurso a 4 de setembro. Simultaneamente, Hermann Goering, comandante da Luftwaffe, recebeu ordens para arrasar Londres. A Alemanha acreditava que a destruição da capital britânica arrasaria o moral do povo e levaria o país à capitulação. A chamada blitz começou a 7 de setembro, e foi mortalmente eficaz, pois as defesas de Londres e a própria RAF estavam despreparadas. Os ataques aconteciam à noite, e as bombas incendiárias consumiram grande parte de Londres. O bombardeio noturno se repetiria até 3 de novembro, ininterruptamente. Mas a sorte alemã na Batalha da Inglaterra foi definida bem antes. Tudo isto por que os alemães decidiram ignorar a existência do radar, pareceia-lhes que não era um factor que pudesse ajudar na vitória; por outro lado, os ingleses, desesperados, aproveitavam tudo o que tinham, incluindo o radar. Foi dessa forma que se deu a viragem decisiva na batalha em que Inglaterra venceu..

15 de Setembro

St. Katharine Docks em chamas após o primeiro ataque da Blitz em 7 de setembro.
A Luftwaffe reuniu cerca de mil aviões contra Londres. Se eles tivessem conseguido completar o seu objetivo - arrasar de vez a cidade e a Real Força Aérea - a invasão terrestre se iniciaria nos dias seguintes. Mas a RAF também estava pronta para a batalha, e o fato do ataque, dessa vez, ser de dia anulou a superioridade numérica alemã.
A batalha durou o dia inteiro, e o céu de Londres virou um "inferno de máquinas". Os britânicos derrubaram 56 caças alemães e perderam 26. Alguns dos melhores pilotos alemães morreram. Ao anoitecer, a destreza da RAF e a eficiência dos radares britânicos falaram mais alto, e o ataque foi repelido. Naquela noite, o Comando de Bombardeiros da RAF atacou maciçamente os navios nos portos de Boulogne e Antuérpia, infligindo numerosas baixas alemãs. Em 17 de setembro, o Führer decidiu adiar indefinidamente a Operação Leão Marinho. Somente em 12 de outubro é que a invasão foi formalmente adiada para "quando a campanha russa estivesse encerrada".
Os alemães ainda mudaram os seus alvos: de Londres passaram a atacar outras cidades. Mas os resultados foram semelhantes: muita destruição, mas nada de enfraquecerem a RAF ou forçarem a capitulação britânica. Isso serviu para tornar clara a sua derrota. A Luftwaffe não conseguiu destruir o moral do povo britânico e se desviou do seu verdadeiro objetivo: a destruição da RAF. Os britânicos contra-atacaram a região do Ruhr, as refinarias da Alemanha Ocidental e Berlim. Também sobrevoaram os Alpes para bombardear Milão e Turim. Em julho de 1941, a operação tornou a ser adiada por Hitler para a primavera de 1942, "ocasião em que a campanha russa estará concluída". Em 13 de fevereiro de 1942, o Almirante Raeder teve sua última conversa sobre a operação Leão Marinho e fez Hitler concordar com uma "suspensão" completa. Assim pereceu a operação. Ao final da batalha, o Reino Unido havia perdido 1547 aviões, com 544 mortes, e a Alemanha Nazista 1887 aeronaves, com 2500 baixas.
Churchill, em discurso na Câmara dos Comuns no dia 20 de agosto de 1940, declarou a frase que se tornou célebre:
- "Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos"
Os subordinados do Marechal do Ar "Dowding" (Hugh Caswell Tremenheere Dowding) merecem a maior parte do crédito neste resultado épico. Eles não "venceram a batalha", mas evitaram que ela fosse vencida pelo inimigo. Na defesa aérea da Inglaterra, entre 10 de Julho e 31 de Outubro, morreram 402 aviadores britânicos, 5 belgas, 7 tchecos, 29 poloneses, 3 canadenses e 3 neozelandeses.

Ficha técnica dos caças envolvidos

Caça Messerschmitt Bf 109 (Flag of the NSDAP (1920–1945).svg Alemanha Nazista)

Me109 G-6 D-FMBB 1.jpg
  • Modelo: Me109F-3
  • Envergadura: 9,92 m
  • Comprimento: 8,85 m
  • Altura: 2,59 m
  • Peso: 1.964 kg (vazio) e 2.746 kg (carregado)
  • Motor: Daimler-Benz DB601E (1.600 hp)
  • Velocidade Máxima: 628 km/h
  • Teto Máximo: 11.600 m
  • Alcance Normal: 1600 km
  • Armamento: 2 metralhadoras MG 151 de 15 mm (sobre o motor) e 1 canhão MG FF de 20mm (eixo da hélice)

Caça Supermarine Spitfire ( Reino Unido)

Supermarine Spitfire 1985.jpg
  • Modelo: Mk VA
  • Envergadura: 11,23 m
  • Comprimento: 9,12 m
  • Altura: 3,02 m
  • Peso: 2.267 kg (vazio) e 2.911 kg (carregado)
  • Motor: Rolls Royce Merlin 45, V12 (1.487 hp)
  • Velocidade Máxima: 594 km/h
  • Teto Máximo: 11.125 m
  • Alcance Normal: 675 km
  • Armamento: 8 metralhadoras Browning de 7,7 mm (0.303 pol.)

Referências

Bibliografia

Outros Livros

  • Bishop, Patrick. Fighter Boys: The Battle of Britain, 1940. New York: Viking, 2003 (hardcover, ISBN 0-670-03230-1); Penguin Books, 2004 (paperback, ISBN 0-14-200466-9). As Fighter Boys: Saving Britain 1940. London: Harper Perennial, 2004 (paperback, ISBN 0-00-653204-7).
  • Brittain, Vera. England's Hour. London: Continuum International Publishing Group, 2005 (paperback, ISBN 0-8264-8031-4); Obscure Press (paperback, ISBN 1-84664-834-3).
  • Cooper, Matthew. The German Air Force 1933-1945: An Anatomy of Failure. New York: Jane's Publishing Incorporated, 1981. ISBN 0-531-03733-9.
  • Craig, Phil and Tim Clayton. Finest Hour: The Battle of Britain. New York: Simon & Schuster, 2000 (hardcover, ISBN 0-684-86930-6); 2006 (paperback, ISBN 0-684-86931-4).
  • de Zeng, Henry L., Doug G. Stankey and Eddie J. Creek. Bomber Units of the Luftwaffe 1933-1945: A Reference Source, Volume 2. Hersham, Surrey, UK: Ian Allen Publishing, 2007. ISBN 978-1-903223-87-1.
  • Fisher, David E. A Summer Bright and Terrible: Winston Churchill, Lord Dowding, Radar and the Impossible Triumph of the Battle of Britain. Emeryville, CA: Shoemaker & Hoard, 2005 (hardcover, ISBN 1-59376-047-7); 2006 (paperback, ISBN 1-59376-116-3).
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  • James, T.C.G. Growth of Fighter Command, 1936–1940 (Air Defence of Great Britain; vol. 1). London; New York: Frank Cass Publishers, 2000 (hardcover, ISBN 0-7146-5118-4).
  • James, T.C.G. Night Air Defence During the Blitz. London; New York: Frank Cass Publishers, 2003 (hardcover, ISBN 0-7146-5166-4).
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  • Olson, Lynne and Stanley Cloud. A Question of Honor: The Kościuszko Squadron: Forgotten Heroes of World War II. New York: Knopf, 2003. ISBN 0-37541-197-6. NB: This book is also published under the following title:
  • Parry, Simon W. Intruders over Britain: The Story of the Luftwaffe's Night Intruder Force, the Fernnachtjager. Washington, DC: Smithsonian Books, 1989. ISBN 0-904811-07-7.
  • Prien, Jochen and Peter Rodeike.Messerschmitt Bf 109 F,G, and K: An Illustrated Study. Atglen, Pennsylvania: Schiffer Publishing, 1995. ISBN 0-88740-424-3.
  • Ray, John Philip. The Battle of Britain: Dowding and the First Victory 1940. London: Cassel & Co., 2001. ISBN 0-304-35677-8.
  • Ray, John Philip. The Battle of Britain: New Perspectives: Behind the Scenes of the Great Air War. London: Arms & Armour Press, 1994 (hardcover, ISBN 1-85409-229-4); London: Orion Publishing, 1996 (paperback, ISBN 1-85409-345-2).
  • Scutts, Jerry. Messerschmitt Bf 109: The Operational Record. Sarasota, FL: Crestline Publishers, 1996. ISBN 978-076-030262-0.
  • Townsend, Peter. Duel of Eagles (new edition). London: Phoenix, 2000. ISBN 1-84212-211-8.
  • Wellum, Geoffrey. First Light: The Story of the Boy Who Became a Man in the War-Torn Skies Above Britain. New York: Viking Books, 2002 (hardcover, ISBN 0-670-91248-4); Hoboken, NJ: Wiley & Sons, 2003 (hardcover, ISBN 0-471-42627-X); London: Penguin Books, 2003 (paperback, ISBN 0-14-100814-8).
  • Wood, Derek and Derek Dempster. "The Narrow Margin: The Battle of Britain and the Rise of Air Power" London: Tri-Service Press, third revised edition, 1990. ISBN 1-854-88027-6.
  • Baldwin, Hanson . "Batalhas Ganhas e Perdidas", Bibliex- 1978

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