terça-feira, 9 de outubro de 2012

MARECHAL VON PAULUS

Friedrich Paulus

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Friedrich Wilhelm Ernst Paulus
Alemanha Nazi
Nascimento 23 de Setembro de 1890
Breitenau-Gershagen, Alemanha
Morte 1º de fevereiro de 1957 (66 anos)
Dresden, Alemanha
Nacionalidade alemão
Cargo Comandante do 6º Exército Alemão
Serviço militar
Patente Generalfeldmarschall
Friedrich Wilhelm Ernst Paulus (Breitenau-Gershagen, 23 de setembro de 1890 - Dresden, 1º de fevereiro de 1957) foi um oficial do Exército Alemão de 1910 a 1943, alcançando o posto de marechal de campo (Generalfeldmarschall) durante a Segunda Guerra Mundial.
Estudou no Wilhelms-Gimnasium, de Kassel, e em 1909 conquistou seu bacharelato. Fez tentativas de seguir a Carreira Naval, porém não foi aceito; provavelmente por sua origem modesta. Ingressou a seguir na Philipps-Universitat de Marburg, com a opção de advocagia, no entanto sua vocação, o conduziria ao militarismo.
Militar de carreira, fez parte da elite de generais alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Tornou-se conhecido por comandar na frente oriental o 6º Exército Alemão, principal unidade alemã engajada na Batalha de Stalingrado. Após terríveis perdas em combate e sucessivos erros de estratégia impostos pelas intervenções pessoais de Hitler nas decisões de comando, Paulus se rendeu em 31 de janeiro de 1943 com cerca de 200 mil homens, famintos e enregelados, perante o cerco empreendido de forma esmagadora pelo Exército Russo, dando fim àquela decisiva batalha, que selou o destino da II Grande Guerra.

Índice

Carreira Militar

Em 18 de fevereiro de 1910, finalmente conseguiu ingressar como cadete no 111º Regimento de Infantaria Margrave Ludwig Wilhelm.
Quando estourou a Primeira Guerra Mundial(1914-18), o então Tenente Paulus era ajudante do 38º Batalhão do Regimento de Infantaria Margrave Ludwig Wilhelm, de Baden. Em 1915, é destinado ao 2º Regimento de Caçadores; considerado como oficial superior do regimento. Em 1918, foi condecorado com a Cruz de Ferro de Segunda e Primeira Classe, sendo promovido a Capitão.
Marechal Friedrich Paulus (centro) e seus oficiais após a rendição em Stalingrado.
No outono de 1931 foi designado para Berlim. No ministério da Reichswehr, foi professor de tática e história militar. Entre seus discípulos, encontravam-se oficiais do Exército Russo,que estavam realizando intercâmbio, muitos dos quais expressavam desejo de contar com Paulus como chefe de Instrução no Exército Vermelho.
No final do verão de 1940, em plena guerra, Paulus foi nomeado chefe de operações do Estado-Maior-Geral. Como chefe de operações recebeu seu grande desafio -missão de importância fundamental: estruturar o plano de invasão da Rússia.
Em 5 de janeiro de 1942, Paulus foi reconhecido como comandante-chefe do 6º Exército, pertencente ao Grupo de Exércitos Sul. Em seguida, viria Stalingrado e o desastre. A batalha pela posse da cidade do Volga, de importância decisiva no destino da Segunda Guerra Mundial. Após o aniquilamento de suas tropas na cruel Batalha de Stalingrado e com chances de destruição total, o Marechal se rendeu. Quebrando desta forma uma tradição de nunca um Marechal alemão ter se rendido ao inimigo.[1]
Em 31 de Janeiro de 1943, sentado em um porão escuro e úmido nas ruínas da Loja Univermag, Paulus e seu Estado Maior renderam-se á patrulha do jovem Tenente Fyedor Yelchenk. Terminava assim uma das mais sangrentas e ferozes batalhas da guerra.

Julgamento

Durante o Julgamento de Nuremberg, serviu como testemunha de acusação. Em um destes depoimentos, um jornalista lhe perguntou sobre os prisioneiros de Stalingrado. Disse-lhe para informar às esposas e mães de que seus maridos e filhos estavam bem, embora soubesse que mais de 90% deles já estavam mortos. Dos 91.000 prisioneiros alemães capturados em Stalingrado, metade iria morrer em uma marcha para campos de prisioneiros da Sibéria, outra parte morreria em cativeiro, devido as condições extremas de sobrevivência, apenas cerca de 6.000 voltaria para casa.

Final

Libertado, posteriormente, o Marechal Paulus radicou-se na Alemanha Oriental, onde viveu até sua morte, em 1º de Fevereiro de 1957, havia desenvolvido uma doença motora que deixou seu lado direito paralisado, talvez um paradoxo do destino em relação ao 6º Exército Alemão, imobilizado no bolsão de Stalingrado em 1942. Seu corpo foi trazido para sepultamento em Baden Baden, ao lado de sua esposa, que morreu em 1947 sem nunca ter visto seu marido novamente.

Citação

  • Pergunte a ele (Paulus), se ele sabe que ele é um traidor. Pergunte se ele tirou documentos de cidadania russa!" — Hermann Göring pergunta ao seu advogado no Tribunal de Nuremberg.
  • Mesmo quando você crer que algo parece claro... melhor pôr em dúvida e não se descuidar. Se alguém diz: “Isto é bom ou mau". Pergunte-lhe em voz baixa: para quem?[2]

Referências

  1. Baldwin, Hanson. Batalhas Ganhas e Perdidas, Bibliex - 1978.pg 193
  2. Overy, Richard (1997). Russia's War. United Kingdom: Pengiun. - Transcrito do Diário Pessoal de Paulus, capturado durante sua rendição, questionando as ordens Diretas de Hitler de manter a posição a qualquer custo.

Ligações externas

Sovetika.ru
- Wikipédia English
- II World War Database

Bibliografia

  • Baldwin, Hanson - Batalhas Ganhas e Perdidas , Bibliex- 1978
  • Julgamento de Nuremberg, História Ilustrada da 2ª Guerra Mundial , Renes- 1972
  • Coleção 70º Aniversário da 2ª Guerra Mundial, Vol.17 - Abril, 2009
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