domingo, 7 de outubro de 2012

A INVASAO DA POLONIA E O INICIO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL PARTE 1






1 de Setembro de 1939: os alemães derrubam a fronteira da Polônia. Tem início a II Guerra Mundial.
Em 1 de setembro de 1939, as Forças Armadas alemãs deram início a invasão à Polônia, também conhecida como Operação Fall Weiss marcando o início da Segunda Guerra Mundial (para alguns essa guerra seria a continuação da Primeira Guerra Mundial).
A invasão culminaria na dominação completa do país em 6 de outubro do mesmo ano. A operação foi iniciada em resposta a um suposto ataque polonês a uma estação de rádio, o que depois foi comprovado como um ardil dos nazistas para justificar a invasão. Durante a operação, em 17 de setembro, a União Soviética, seguindo uma cláusula secreta do Pacto Molotov-Ribbentrop, também declarou guerra a Polônia e deu início a Invasão Soviética da Polónia na parte leste do país. Em 3 de setembro, em resposta as hostilidades, França e Reino Unido, seguidos por Canadá, Nova Zelândia e Austrália, entre outros, declararam guerra contra a Alemanha Nazi.

Índice

Antecedentes

Antes do conflito com a Polônia, em 1939, o chanceler da Alemanha, Adolf Hitler, já havia feito algumas manobras políticas para aumentar o território alemão:

Renânia

Em 1936, Hitler ocupou, com forças militares, a zona desmilitarizada da Renânia, anexando-a ao território alemão.

Áustria

Em 1934, com ajuda da SA e do Partido Nazi Austríaco, Hitler depôs o então chanceler austríaco Engelbert Dollfuss, numa tentativa fracassada de pôr um regime nazista na Áustria.
O chanceler passou a ser Kurt Schuschnigg, da Frente Nacional, do mesmo partido de Dollfuss, até 1938, quando Hitler pressionou o presidente Wilhelm Miklas para nomear um chanceler nazista, Arthur Seyss-Inquart , enquanto traçava planos de invasão à Áustria (Operação Case Otto), cujo objetivo era anexar a Áustria ao Reich Alemanha Nazi.

Acordo de Munique

Em 1938, os líderes das grandes nações da Europa no início do século XX se reuniram na cidade de Munique, na Alemanha para discutir o futuro da Tchecoslováquia em relação às agressões nazistas na região dos Sudetos. O alemão Adolf Hitler, o italiano Benito Mussolini, o inglês Neville Chamberlain e o francês Edouard Daladier assinaram o Acordo de Munique, pelo qual cederam, sem a presença de representantes da Tchecoslováquia, a cessão do território dos Sudetos à Alemanha.
Chamberlaim e Daladier chegaram como heróis em seu país. Mas, em 10 de Março de 1939, Hitler ordenou que suas tropas ocupassem o restante da Tchecoslováquia, incluindo Praga.

Forças


Avanço das forças da Alemanha Nazista e da URSS sobre a Polônia.
A Wehrmacht envolveu suas melhores unidades, engajando 37 divisões de infantaria, uma de montanha, quatro de infantaria motorizada, quatro divisões blindadas leves, seis Panzer, uma brigada de cavalaria e uma variadade de unidades paramilitares. Para a invasão, o Grupo de Exércitos Norte tinha um efetivo 630 mil soldados, enquanto o Grupo de Exércitos Sul tinha 886 mil soldados.
Ao todo, as forças alemãs tinham 559 batalhões de infantaria contra 376 da Polônia. Em artilharia, a Wehrmacht tinha 5805 peças de artilharia contra 2065 polonesas (sem contar a grande diferença de idade e qualidade). Do lado polonês, havia aproximadamente 39 divisões mais 16 brigadas, totalizando, 950 mil soldados. Do lado soviético, a despeito das esparsas fontes, estima-se um total de 800 mil soldados engajados.
Em tanques, eram 2511 Panzer contra 615 tanques poloneses, sem contar, novamente, a qualidade e a metodologia de combate. Dentre esses veículos, os alemães tinham 215 befehlspanzer (veículos de comando, sem torre, equipados com potentes rádios para coordenar as unidades).
Em 1939, uma divisão padrão de infantaria da Wehrmacht tinha:
Já uma divisão de infantaria polonesa tinha:
  • 6937 cavalos
  • 76 veículos

Início das hostilidades

As operações começaram aproximadamente ás 4h45min do dia 32, com o encouraçado alemão SMS Schleswig-Holstein abrindo fogo contra as guarnições polonesas da Westerplatte, península localizada em Danzig, hoje Gdansk. Horas depois, o Grupo de Exércitos Norte e Sul iniciaram uma batalha.
Empregando a tática da Guerra Relâmpago com tropas ruins e fracas, juntamente com inovadoras técnicas de combate e equipamentos modernos, os alemães rapidamente quebraram as linhas defensivas dos poloneses, alcançando o Vístula já em 3 de setembro, e iniciando o cerco a Varsóvia no dia 10. Ao sul, com o Grupo de Exércitos Sul, comandado por Gerd von Rundstedt, no dia 3, as tropas de Walter von Reichenau já se encontravam na retaguarda de Cracóvia, e cinco dias depois, tendo percorrido 140 milhas em uma semana, se encontravam a 10 km de Varsóvia.
A essa altura, todos os planos de defesa da Polônia haviam falhado, basicamente pela mobilização das tropas alemães e pela incapacidade do exércitos polones em recuar estrategicamente, muito por causa do nível de obsolência do seu exército e da mentalidade de seus comandantes, principalmente do general da cidade, General Edward Rydz-Śmigły. Os poloneses tinham duas opções de defesa; a primeira era espalhar as forças pela fronteira e recuar aos poucos até o Vístula, e ali estabelecer a última linha defensiva. A segunda era já estabelecer a linha no rio Vístula, sem recuos estratégicos. O General Rydz-Śmigły, querendo dar proteção à totalidade do território nacional, optou pela primeira opção e estendeu, ao longo das fronteiras, 7 divisões, denominadas exércitos. Essas forças foram rapidamente cercadas, e a despeito do contra-ataque do rio Bzura (Batalha de Bzura), nenhuma delas esboçou reação expressiva ou comprometeu de alguma forma a invasão como um todo.

O SMS Schleswig-Holstein da Kriegsmarine, bombardeando Gdansk.

A cidade de Wieluń, em 1 de setembro de 1939, após bombardeio da Luftwaffe.

Infantaria polonesa em marcha.

Resultado

Ainda que algum plano defensivo lograsse sucesso, ele falharia em se proteger da inesperada invasão russa pelo leste. No cômputo geral, a invasão foi um teste e uma importante lição para os alemães, que ali testaram suas forças, assimilaram os resultados e corrigiram os erros. Entre outubro de 1939 e maio de 1940, as Forças Armadas Alemãs passaram por uma reformulação completa, que tornaria ainda mais eficiente a Blitzkrieg. Aos poloneses, restou resistir nos cercos nas cidades, até a capitulação. O governo Polônes, juntamente com a sua Marinha, se exilou na Inglaterra. Muitas tropas fugiram para a Lituânia e França e a maioria foi para a então neutra Romênia.

Varsóvia destruida por bombardeiros da Alemanha, em setembro de 1939.

Castelo Real de Varsóvia em chamas no dia 17 de setembro de 1939.

Soldados alemães removendo a insígnia do governo polonês.

Ver também

Bibliografia

  • ZALOGA, Steven J.. Poland 1930 The birth of Blitzkrieg. Osprey, 2002.
  • MCKSEY, K.J. Divisões Panzer - os punhos de aço. Rio de Janeiro: Renes.
  • SHIRER, Willian l. Ascensão e Queda do Terceiro Reich (4 vols). Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1964.

Li


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